sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A IDADE FELIZ DO ZÉ MUNDÃO

O Zé Mundão descobriu, depois de longo tempo que tinha uma vocação para escrever, tendo preferência para o gênero narrativo – nos seus escritos, aparecia sempre como o pano de fundo a sua querida cidade Manaus, a Amazônia e o seu povo. 

Começou também a participar dos movimentos sociais, lutando para ver a sua cidade natal mais bonita, arborizada e revitalizada, com um povo ordeiro e feliz, além de batalhar pela preservação da sua cultura e das belezas da Amazônia. 

Para levar a frente a sua vocação de escritor, fez as pazes com o mundo tecnológico, comprou computadores, máquinas digitais, filmadoras e outros equipamentos de última geração - utilizou todas as ferramentas modernas de edição de som, imagens e textos. 

Foi editor de diários eletrônicos da internet e páginas de outras mídias sociais - começou também a escrever livros, ficou famoso e, finalmente, ganhou numerários suficientes para dar “uma volta ao mundo”, satisfazendo o seu sonho de criança, quando girava o Globo Terrestre que ganhara de presente de sua madrinha. 

Tinha dinheiro suficiente, crédito na praça, aposentado e todo tempo do mundo e, nenhum “nenhum pinto para dar água”, então, fez um planejamento da viagem dos seus sonhos - aprontou as malas e, resolveu embarcar sozinho mundo afora. 

Embarcou no Porto de Manaus (Rodoway), num barco Catamarã, para curtir o Rio Negro e o Rio Amazonas – ficou uns dias em Santarém, no Estado do Pará, para curtir as praias do Álter do Chão, depois, foi para Belém, onde pegou um ônibus que o levaria para São Luís, no Maranhão, para rever os seus amigos maranhenses Rony Codó e Joze Frazão e conhecer a cidade histórica e os Lençóis Maranhense - indo em seguida para Fortaleza, no Ceará, onde se encontrou com os seus velhos amigos de infância, os irmãos Aldenor e o Adelson, dois caboclos que resolveram fixar raízes por lá - fez questão de conhecer a cidade de Uruburetana, a terra dos antepassados do Zé Mundão. 

Depois de curtir as terras cearenses, pegou vários ônibus interestaduais, viajando por dezenas de cidades do litoral nordestino, além das capitais Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e, por último Salvador - onde pegou um avião e foi até o Rio de Janeiro, para matar a saudade do lugar onde tinha morado por alguns meses na sua juventude, além de rever velhos amigos amazonenses que moram por lá faz 
muitos anos. 

No Rio de Janeiro, iniciou a sua viagem internacional, num voo para Lisboa, em Portugal – esse país era o que ele tinha mais desejo em conhecer – fez um passeio pela maioria dos pontos turísticos daquele país, tais como: Castelo São Jorge, Torre de Belém, Centro Cultural de Belém, Praça dos Restauradores e Padrão dos Descobridores, além de parques e jardins, curtiu também o Bairro Alto, um lugar boêmio, onde tomou bons vinhos, provou da culinária e ouviu muito Fado, depois, foi para Madri, na Espanha, visitou o Palácio Real, a Fonte de Cibeles, o Passeio do Prado e a Gran Via e, depois, a Praça Maior, para desfrutar do animado ambiente noturno. 

Prosseguiu na viagem de Madri até as cidades de Bordeaux e Paris, na França, onde conheceu o Palácio de Versalhes, Museu do Louvre e, por ser boêmio inveterado, foi até o bairro de Montmartre. 95  

A viagem continuou, indo em direção a Genebra, na Suíça, passando pelos mais altos cumes da Europa, os Alpes – atravessou o longo túnel Mont Blanc, chegando até a região de Aosta, depois, Veneza, Rávena, Assis e Roma, na Itália, onde passeou de barco e fez visita a Praça São Marcos, Basílica de São Vital, Cordilheira dos Apeninos, Basílica de Assis, Praça São Pedro do Vaticano e, visita ao animado bairro de Trastévere. 

Era hora de voltar para casa, ficando para a próxima vez conhecer a Inglaterra e a Alemanha. Ao voltar para Manaus, iniciou de imediato a programação para a próxima viagem rumo aos Estados Unidos e ao Japão. 

Passou os últimos anos da sua vida viajando pelo mundo, fazendo jus ao seu apelido de infância – essas longas viagens serviram de inspiração para escrever um novo livro. Estava realizado. É isso ai, Zé Mundão! 

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